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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Estamos a eliminar recursos naturais com a plantação desenfreada de eucaliptos.

Quem percorre o concelho da Trofa de norte a sul de este a oeste, tem que dar de caras com a plantação excessiva de eucaliptos.
Este tipo de plantação que deveria ser controlada, parece estar a alastrar por todo o concelho a uma velocidade cruzeiro.
O eucalipto como espécie invasora ou seja espécie não autóctone destrói o solo (nutrientes) e cursos de água tanto a superfície como os cursos de agua existentes no subsolo.
A sua plantação também é a grande responsável pela morte prematura de diversas espécies autóctones existentes no nosso concelho tal como o carvalho, pinheiro, azevinho etc. …
O alastramento desta espécie ofusca o desenvolvimento das nossas verdadeiras espécies que deveríamos preservar e plantar, assim construindo verdadeiros espaços de floresta autóctone.
Quem visita a aldeia de Covelas no Concelho da Trofa fica abismado com a quantidade de eucaliptos lá plantados.
É inqualificável a mancha eucaliptal existente nessa aldeia rica em água e com um ecossistema único no nosso concelho.
Rica em água até um dia…
Estou ciente da importância do eucalipto para o desenvolvimento económico da nossa região bem como do nosso país.
Mas também seria interessante, diria mais urgente rever a política ambiental neste sentido.
Grandes senhores deste concelho, compraram extensos terrenos com uma única intenção, alugar para a plantação de eucaliptos.
Estas empresas de celulose, não têm cuidado nenhum com o meio envolvente, arremessando para os ribeiros os restos do corte dos eucaliptos tais como raízes e ramagens que por sua vez vão afectar a vida dos habitantes destes ecossistemas, peixes e anfíbios cuja sua presença em território nacional é quase exclusiva do concelho da Trofa.
Está a chegar há hora dos presidentes de Junta das diversas aldeias que compõem o nosso município acordarem para este problema.
Uma curiosidade que não deixa de ser relevante é que este ano tive de atravessar a Espanha e a França e decidi faze-lo via terrestre.
Não encontrei nenhuma mancha eucaliptal nem tão pouco um eucalipto em determinada altura em jeito de jogo e para manter o pessoal acordado fiz um jogo em consistia em encontrar um eucalipto, acreditem ou não ninguém ganhou, não por que tivessem adormecido mas porque realmente não os havia.

Pedro Daniel Costa


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