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domingo, 26 de setembro de 2010

Dá que pensar.

“Os anfíbios estão a desaparecer a taxas alarmantes em todo o mundo, constituindo um problema global com causas complexas como a alteração dos habitats, poluição, predação, radiação ultravioleta, doenças, alteração do clima, introdução de espécies exóticas.


Embora alguns destes factores possam actuar de forma conjunta, a principal causa parece estar relacionada com as actividades humanas que modificam e destroem os habitats naturais.

A fragmentação dos habitats aumenta a probabilidade de extinção porque provoca o isolamento entre populações, diminuindo a variabilidade genética e o potencial adaptativo, provocando mudanças nos microclimas.

Os anfíbios são sensíveis a estas mudanças no seu ambiente externo, devido ao seu ciclo de vida e à sua pele permeável.”

In Panfleto CMIA (Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Vila do Conde)

Workshop Anfíbios e Répteis, que futuro?

Que necessidade tem uma pessoa de matar, magoar, maltratar um animal por mais feio que ele seja?

Este Workshop elucidou pessoas para a necessidade de preservar e se possível ajudar os animais.
Este tipo de iniciativas deveria de ser mais publicitadas, devido à grande ignorância que existe sobre estes bichinhos que nos ajudam a combater pragas tais como Caracóis, lesmas, Pulgões, Ratos, Ratazanas etc.
Na próxima que se cruzarem com estes bichinhos, sigam o vosso caminho e deixem que eles sigam o deles.


Alicranço morto por ignorância de alguém

domingo, 12 de setembro de 2010

Ar

Ar para que te quero.


É um bem essencial e de primeira necessidade que muitos teimam em não respeitar.

Cá pela Trofa, este bem precioso, tem sido muitas vezes fustigado por empresas que o deterioram sem o mínimo de escrúpulos, tapando o nariz às pessoas com prendas corruptas e com publicidade enganosa onde camuflam o mal que fazem à natureza.
Há dias em que o mesmo se torna irrespirável, transportando no seu regaço um cheiro incomodativo a morte oriundo da incineração de resíduos animais.
Os habitantes da Trofa e muito em particular de Covelas e São Romão do Coronado tem sido brindados a qualquer hora da madrugada por cheiros que se lhes invade a propriedade e penetra sem consentimento através de uma frincha ou de uma janela que foi deixada aberta para conforto próprio.
Este “ar”, priva a população de uma qualidade de vida a que tem direito, incomodando-os e enervando-os aniquilando uma vida que se queria de serenidade.
Há pouco tempo, recebemos uma carta de um habitante de São Romão que perguntava à ADAPTA se não teria direito a ter uma vida normal como qualquer cidadão, fez uma casa, constitui família e depois disto, abriram uma fábrica que lhe contamina o ar e não só priva-o de ter uma vida normal como qualquer habitante.
Este senhor na mesma carta que me escrevia, ponderava em vender a casa que tanto lhe custou fazer e refugiar-se noutra terra que lhe daria tudo o que a “Trofa” lhe tirou.
Como é possível? Sim, como é possível alguém roubar a qualidade de vida a alguém. Como é possível, conseguir licença de laboração ambiental quando se trata tão mal o ambiente.
Outro, convidou-nos a visitar a sua casa e amostrou algo de indescritível.
A sua torneira da água, jorrava água com um cheiro inconfundível a uma empresa de Covelas.
Que critérios existem para que a CCDRN conceda licenças ambientais a empresas que prejudicam uma população inteira?
Como conseguem…?

Este cheiro muita das vezes, tem sido o cartão de visitas para quem visita a Trofa.

sábado, 4 de setembro de 2010

Caminhada da ADAPTA 19 Setembro

Caminhada da ADAPTA


Domingo dia 19 de Setembro vai-se realizar a “última” caminhada da ADAPTA, na freguesia de S. Tiago de Bougado.
Desta feita, e a seguir os objectivos traçados no plano de actividades da ADAPTA, os pedestrianistas “ naturais” e os sócios da ADAPTA vão ter novamente a oportunidade de conhecer mais uma freguesia do nosso Concelho.
Espera-se que S. Pedro ajude no tempo que nós fazemos o resto.
Será uma caminhada de percurso fácil, por isso aberta a todas as pessoas que gostem de apreciar a natureza e conhecer a nossa terra.
Haverá surpresas, venha calçado/a convenientemente e com um sorriso nos lábios.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Estamos a eliminar recursos naturais com a plantação desenfreada de eucaliptos.

Quem percorre o concelho da Trofa de norte a sul de este a oeste, tem que dar de caras com a plantação excessiva de eucaliptos.
Este tipo de plantação que deveria ser controlada, parece estar a alastrar por todo o concelho a uma velocidade cruzeiro.
O eucalipto como espécie invasora ou seja espécie não autóctone destrói o solo (nutrientes) e cursos de água tanto a superfície como os cursos de agua existentes no subsolo.
A sua plantação também é a grande responsável pela morte prematura de diversas espécies autóctones existentes no nosso concelho tal como o carvalho, pinheiro, azevinho etc. …
O alastramento desta espécie ofusca o desenvolvimento das nossas verdadeiras espécies que deveríamos preservar e plantar, assim construindo verdadeiros espaços de floresta autóctone.
Quem visita a aldeia de Covelas no Concelho da Trofa fica abismado com a quantidade de eucaliptos lá plantados.
É inqualificável a mancha eucaliptal existente nessa aldeia rica em água e com um ecossistema único no nosso concelho.
Rica em água até um dia…
Estou ciente da importância do eucalipto para o desenvolvimento económico da nossa região bem como do nosso país.
Mas também seria interessante, diria mais urgente rever a política ambiental neste sentido.
Grandes senhores deste concelho, compraram extensos terrenos com uma única intenção, alugar para a plantação de eucaliptos.
Estas empresas de celulose, não têm cuidado nenhum com o meio envolvente, arremessando para os ribeiros os restos do corte dos eucaliptos tais como raízes e ramagens que por sua vez vão afectar a vida dos habitantes destes ecossistemas, peixes e anfíbios cuja sua presença em território nacional é quase exclusiva do concelho da Trofa.
Está a chegar há hora dos presidentes de Junta das diversas aldeias que compõem o nosso município acordarem para este problema.
Uma curiosidade que não deixa de ser relevante é que este ano tive de atravessar a Espanha e a França e decidi faze-lo via terrestre.
Não encontrei nenhuma mancha eucaliptal nem tão pouco um eucalipto em determinada altura em jeito de jogo e para manter o pessoal acordado fiz um jogo em consistia em encontrar um eucalipto, acreditem ou não ninguém ganhou, não por que tivessem adormecido mas porque realmente não os havia.

Pedro Daniel Costa

Revolta, homenagem e coragem.

Mais um ano para recordar, mais um ano em grande.
Assistimos à nossa ruína em paz e sem perceber muito bem porquê.
Assentados nos nossos sofás ou à mesa, em quanto comemos, ouvimos o pivô da estação de informação habitual, a relatar-nos mais um incêndio.
Deparamos com as imagens choque de um filme na qual não sabemos o final, vemos entrevistas na hora a bombeiros que coordenam as operações, aos proprietários dos terrenos, às pessoas que por um triz não ficaram sem uma casa e imagens sem palavras daqueles que tudo perderam.
Em casa e sem nada poder fazer, assisto a isto tudo com um sentimento de revolta e vontade de pegar nos colarinhos de “alguém” e perguntar porque fizeste isto?
É a única coisa que podemos fazer, não podemos fazer mais nada, senão, assistir ao nosso fim e ao fim de uma terra verde que os nossos antepassados nos deixarão.
Passaram tantos sacrifícios na limpeza das mesmas, recolhiam a madeira que as árvores lhes davam juntamente com a caruma para a subsistência no seu dia-a-dia.
Percorriam quilómetros para lá e quilómetros para cá, com tanto sacrifício, muitas das vezes com a lenha à cabeça.
Noutro sofá ao lado, temos uma pessoa que ficou sem nada noutro incêndio, noutro ainda ao lado temos a mãe de um bombeiro que reconhece o seu filho a arriscar a vida por entre aquelas imagens indirecto e cujo coração quase pára.
No outro sofá, um pouquito mais distante, estão os pais de mão dada de um(a) bombeiro(a) que ficou sem o seu filho no último incêndio, as suas lágrimas silenciosas são gritos de revolta, e a dura realidade de nunca mais o poder ver, é como uma espada que percorre o corpo de um lado ao outro.
Filho esse, exemplar, amigo deles, e com uma agravante é casado tem um filho menor e sua esposa carrega no ventre outro prestes a nascer.
Tudo isto num simples incêndio elaborado por alguém que queria divertimento ou porque a mando de outros levou-o a cabo.
Por fim noutro sofá temos a classe dos que podem mudar isto e não querem.

Simplesmente porque não querem.

Pedro Daniel Costa

domingo, 29 de agosto de 2010

Sustentabilidade

O aviso
Reconheço que o que faço não é o suficiente para o futuro do nosso planeta?
Sem duvida que tenho essa consciência.
O facilitismo, o comodismo, são dois pontos fracos do ser humano e portanto também o são meus.
Estes dois pontos, são um problema muito serio para o ambiente. Não pensamos, e não agimos, muitas das vezes da forma que o ambiente gostaria que agisse-mos.
O mais “engraçado” de tudo isto, è que o ambiente avisa-nos, e continua a avisar-nos, e nós simplesmente o ignoramos.
Será que nos vai avisar sempre ou para sempre?
Tornados, furacões, tempestades, cheias, são alguns dos avisos que temos tido ao longo destas décadas e que nos informam que algo vai mal.
A onde havia seca hoje temos cheias, onde tínhamos cheias deparamos com seca. Que se passa? Perguntamos ingenuamente ou tentamos desculparmos.
Temos olhado para estes fenómenos e temos sido hipócritas ao ponto de choramos quando vemos a destruição criadas por eles (por nós).
Morte, miséria, doenças e peste são algumas das consequências que tiramos partido por sermos benevolentes para com o ambiente. Será muito difícil, pedir ao ambiente que nos ajude? Sim, temos que lhe pedir ajuda. Primeiro temos que lhe pedir desculpa e depois temos que lhe pedir que acabe com estes castigos que muitas vezes são mortíferos.
Ao mesmo tempo, temos que nos comprometer com ele, e ganhar a sua confiança para que um dia possamos voltar a ser amigos, ou melhor para que um dia ,ele nos permita que possamos ser novamente amigos.
Para isso existe a quota-parte e uma dela è para mim. Vou pegar no meu remo e vou remar ao lado do ambiente, serei capaz de por em prática isto que digo ou terei que ver mais um furacão a destruir e a avisar que é preciso fazer algo?
A sustentabilidade tem que entrar neste momento e temos que nos debruçar e perguntar-lhe o que temos que fazer ou por que temos que optar.
Responsabilidade é o que o ambiente nos pede e fá-lo com todas as suas forças.
Sendo implacável para com aqueles que o tratam mal e também para com aqueles que nada lhe faz, aqui também estamos a ser irresponsáveis porque quem não tem culpa também leva de “tabela”.

Pedro Daniel Costa

Direcção - Cárina,Alexandrino,Ferraz,Lima,Pedro,Cândido,Lara